quarta-feira, 10 de agosto de 2011

REUNIÃO DE PAIS NA PRAÇA DA SAÚDE


REUNIÃO DE PAIS NA PRAÇA DA SAÚDE

Visando promover a melhoria dos atendimentos prestados aos alunos com necessidades especiais, realizou-se no dia 06 de agosto de 2011, na Praça da Saúde a primeira Reunião de Pais do ano letivo no C.R.A.E.E.
Estiveram presentes: pais, alunos, educadores e funcionários do Centro de Recursos e Apoio à Educação Especial, vinculado à Secretaria de Educação Municipal.
Na reunião foram abordados temas sobre Higiene, Saúde Geral e Saúde da Mulher.
A palestra foi ministrada pelas senhoras Cecília Umbelina Barros e Ana Maria Calefi Moreira, funcionárias da U.B.S. Dr. Franco da Rocha, que gentilmente cederam, inclusive o espaço para a realização do evento.
A reunião foi bastante esclarecedora, sendo que foram tratados muitos assuntos de interesse dos pais e responsáveis pelos alunos atendidos na instituição.














PALESTRA SOBRE PRIMEIROS SOCORROS


PALESTRA SOBRE PRIMEIROS SOCORROS

A convite da diretora Rosana Salgado Pereira Leite - da EMEB Antonio Faria, no Pouso Alegre, os profissionais do C.R.A.E.E. participaram no dia 25 de julho de 2011, de um H.T.P.C, especial, com uma palestra educativa com o Sargento Emerson, integrante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, que versou principalmente sobre Primeiros Socorros.
A palestra esclareceu sobre alguns conceitos ligados ao pronto atendimento em caso de acidentes e as práticas de primeiros socorros adequadas para cada faixa etária.
As educadoras tiveram a oportunidade de conhecer melhor as técnicas de salvamento e primeiros socorros, além de técnicas básicas de enfermagem em casos de acidentes escolares e domésticos com crianças, jovens e idosos.









FESTA JULINA DO C.R.A.E.E


FESTA JULINA DO C.R.A.E.E.

Realizou-se no dia 02 de julho, no C.R.A.E.E. a festa julina anual.
Alunos, pais e educadores reunidos confraternizaram resgatando o espírito folclórico da festa, que é uma tradição brasileira.
Os alunos deliciram-se com comidas típicas da festa, brincaram e dançaram ao som das melodias tradicionais.
Ainda em tempo, destacamos que foi um dia de grande confraternização entre alunos, pais e funcionários.









segunda-feira, 20 de junho de 2011

LIBRAS?

Adianta adicionar a Língua Brasileira de Sinais a um vídeo, se não houver legendas para deficientes auditivos que não dominam LIBRAS?

Texto escrito por Elton Vergara Nunes, Gertrudes Aparecida Dandolini e João Artur de Souza.
O tema acessibilidade parece ser ainda controverso, ou seja, há muitas perspectivas de julgamento sobre uma obra ser ou não acessível. Começo com um exemplo simples, recente, público: ao assistir a um vídeo que tratava sobre educação, no Youtube, reclamei ao responsável pela postagem, dizendo-lhe que o vídeo não era acessível e a resposta dada iniciou com uma pergunta “acessível para quem?”.
Tenho que concordar: aquele vídeo era acessível para pessoas alfabetizadas em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), mas somente para elas. Mesmo as pessoas sem deficiência visual que não soubessem LIBRAS, não poderiam aproveitar nada, pois não havia legenda em língua portuguesa com a transcrição das falas. O pseudo público-alvo era os surdos. Por que pseudogrupo? Porque mesmo dentro do grupo dos surdos houve uma parcela de pessoas que não teve acesso ao seu conteúdo pelo simples fato de não serem usuários da Língua.
Apesar disso, o responsável pela postagem julgava que o vídeo era acessível aos surdos. Claro, dentro de seu limitado conceito de quem são os surdos, dos quais se julgava ser porta-voz, surdo é aquele que domina LIBRAS. Se adotarmos esse princípio, em outro contexto poderíamos dizer que pessoas analfabetas não poderiam ser computadas como pessoas porque não dominam a língua portuguesa. Nenhum língua é propriedade de ninguém, de nenhum povo, as pessoas são usuárias da língua, não proprietárias.
Evidentemente que as pessoas com deficiência visual nem foram lembradas como possíveis interessadas naquele vídeo, já que não existe absolutamente nenhum áudio. E o que falar de pessoas com deficiência intelectual, dislexia e outras pessoas como eu que, mesmo sem deficiências, não conseguiram compreender?
E assim, cada dia mais se evidencia a exclusão e, como se pode perceber, às vezes a exclusão ocorre dentro do próprio grupo de excluídos. Está na hora de os surdos reverem sua posição sobre as diferentes formas de comunicação humana (acredito que os surdos ainda fazem parte da humanidade) e, em particular, percebam que ninguém é dono de uma língua, ou seja, tão certo como o inglês não pertence aos britânicos ou o castelhano ao povo de Castilha, a língua de sinais não pertence ao povo surdo. A língua não é propriedade de nenhuma academia de letras, nenhuma língua é.
Está na hora de ficar claro que nem todos os surdos nasceram assim, que muitos que nasceram com surdez, por diferentes caminhos, voltaram a ouvir; que muitos emudeceram, mas outros se comunicam oralmente sem maiores dificuldades; que entre os brasileiros há analfabetos da língua portuguesa; da mesma forma, entre os surdos, há muitos que desconhecem a LIBRAS e muitos que a dominam sem jamais terem sido surdos. Está na hora de os surdos se conhecerem melhor, de incluir-se a si mesmos em seu grupo.
Imaginemos o seu Zé, de 75 anos, que teve um acidente há um ano e perdeu totalmente a audição. Será que um dia vai ser reconhecido como surdo? E dona Joana, que tem mais idade, tem tendinite e osteoporose e teve o mesmo problema? Vamos querer que aprenda e use LIBRAS? Ou será considerada uma falsa surda? Será considerada nas estatísticas ou descartada como irrelevante?
Porém, se essa limitação no entendimento de o que seja acessibilidade num vídeo silencioso e sem legendas ficasse apenas no âmbito de um grupo de pessoas que luta por causa própria (a defesa da LIBRAS), estaria entendido e até justificado. Entretanto, quando essa idéia limitada passa para grupos que levam o nome da acessibilidade em seu título, o assunto parece carecer de melhor referencial teórico. Muitos pensam que “é impossível conceber uma única versão de conteúdo da web que seja igualmente compreensível por completo por todas categorias de deficiências, ou até mesmo dentro do espectro das deficiências cognitivas. O conceito de um formato verdadeiramente universal soa como uma idéia maravilhosa, mas é inatingível. Ainda assim, é possível a criação de conteúdo web que se aproxime do ideal do design universal, mesmo que não muito bem sucedida no sentido absoluto”.
O autor do texto acima usa palavras que evocam o “ideal” e a “plenitude”. Evidentemente, situações perfeitas não são para os humanos, são para os deuses. Desta forma, afirmar que nenhum conteúdo será acessível idealmente para todos é, no mínimo, desnecessário. Logicamente, se a pessoa não tiver um computador disponível não poderá acessar esse conteúdo, se não tiver energia elétrica não poderá acessar esse conteúdo, se não tiver um sistema operacional, um browser e todas as condições que lhe permitam acessar o conteúdo ela não conseguirá acessá-lo. Por acaso isso é diferente para algum de nós, é diferente para uma pessoa sem deficiência? Todos dependeremos de um design que nos permita acessibilidade. Ora, se um conteúdo pode ser acessado apenas com uma senha, então ele é inacessível para aqueles que não a tenham, trata-se, pois, de uma barreira.
O Brasil possui lei que garantem às pessoas com deficiência o direito à acessibilidade, é signarátio da Convenção da ONU de 2006, que tratou sobre as pessoas com deficiência, e com isso comprometeu-se em realizar ou promover a pesquisa e o desenvolvimento, bem como a disponibilidade e o emprego de novas tecnologias, inclusive as tecnologias da informação e comunicação, ajudas técnicas para locomoção, dispositivos e tecnologias assistivas, adequados a pessoas com deficiência, dando prioridade a tecnologias de custo acessível.
Assim, seria de esperar que entidades que trabalham e divulgam temas de acessibilidade e inclusão estivessem preocupadas em ampliar sua visão ou, pelo menos, assumir sua limitação sem apresentar desculpas sem fundamento.
As emissoras de televisão durante anos vêm alegando o alto custo da inclusão do recurso da áudio-descrição em sua grade de programação. A mesma alegação foi dada por um canal de televisão disponível na web ao lançar uma série de programas sobre acessibilidade e inclusão, limitando-se a inserir uma pequena janela de LIBRAS nas reportagens. Sobre a ausência de legenda com a transcrição das falas, a alegação foi o custo desse trabalho.
Entretanto, o mesmo grupo que num bloco de vídeos divulgados não trazia a áudio-descrição, posteriormente divulgou os mesmos vídeos, mas agora incluindo o recurso de acessibilidade para cegos e outros que possam se beneficiar dele. O que preocupa é que em lugar de avançar, a atitude foi de retrocesso, já que anteriormente esse mesmo canal divulgava vídeos com legendas.
Prática semelhante foi adotada por outro canal de televisão que disponibilizou seu material na web com uma série de reportagens feitas na ReaTech 2011. Também eles duplicaram o número de vídeos: uma série sem áudio-descrição e uma outra série com os mesmos vídeos com áudio-descrição. Essa prática é de trabalho dobrado, ocupa espaços em servidores, separa os usuários e, assim, as discussões e comentários dos vídeos. Tudo isso está longe de enquadrar-se no desenho universal e na política de inclusão e acessibilidade legalmente regulamentada.
A legislação, o desenho universal, a praticidade, a economia e até mesmo o sempre questionável bom senso indicam que todos devem compartilhar do mesmo espaço e dos mesmos produtos, cada um com suas características, a seu modo. Orientam que se devem eliminar as barreiras existentes em um produto e permitir o seu acesso a todos. Em nenhum lugar se orienta que se deva criar outro produto para dar acesso a outras pessoas. Se os criadores dos vídeos dos canais citados fossem arquitetos, por acaso construiriam um edifício com escadas e outro edifício com rampas? Um edifício para andantes e outro para cadeirantes?
E se apesar de todos os esforços ainda não é possível que tudo esteja acessível a todos, comecemos a eliminar as barreiras das atitudes. Estas sempre partem de uma predisposição negativa, de um julgamento depreciativo em relação às pessoas com deficiência, sendo sua manifestação a grande responsável pela falta de acesso e à conseqüente exclusão e marginalização social vivenciada por todos os grupos vulneráveis, mais particularmente, por aquelas pessoas vulneráveis em função da deficiência.
O certo é que não basta incluir janela de LIBRASibras nos vídeos na web ou na televisão, é preciso considerar que há surdos que não usam essa língua. Acima de tudo, é preciso incluir todos os surdos dentro da cultura surda. Da mesma forma que homens, mulheres, crianças, amarelos, negros, brancos, ricos e pobres e outras tantas diferenças, juntas, formam a sociedade. Não basta incluir a áudio-descrição no cinema, na televisão, no teatro, é preciso incluir a idéia de que isso não é favor, não é despesa, não é investimento, isso é respeito às diferenças.
Sobre os autores
Elton Vergara Nunes
Possui mestrado em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é professor titular da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Línguas Estrangeiras Modernas.


Gertrudes Aparecida Dandolini
Possui doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é professora Associada da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Educação a Distância.


João Artur de Souza
Possui pós-doutorado em em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Santa Catarina.


Fonte: Planeta Educação
Referência: Rede Saci

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Turma da Mônica...


OS PERSONAGENS DE INCLUSÃO DA TURMA DA MÔNICA



Segundo Maurício de Sousa, pai da Turma da Mônica, ter personagens com deficiência nas histórias é uma forma de promover a inclusão e, ao mesmo tempo, a diversidade.

A Turma já tinha o coleguinha Humberto, criado em 1981, que é surdo-mudo (não ouve e não fala). Ele nasceu assim. Se comunica com a linguagem de sinais - LIBRAS ou simplesmente com "Hum... Hum...". Ele brinca e interage com os outros personagens como uma criança qualquer.




No final de 2004, a Turma ganhou mais dois amiguinhos: Dorinha e Luca.


Dorinha, é a primeira personagem deficiente visual (cega) do desenhista Maurício de Sousa, recebeu este nome em homenagem a Dorina Nowill, uma mulher que perdeu a visão quando criança, mas que não se abateu, lutou na vida e acabou se tornando um exemplo de força de vontade e simpatia. Criou a Fundação Dorina Nowill, uma referência como instituição, que oferece assistência a cegos. A personagem é uma garota esperta que não precisa dos olhos para enxergar o que quiser. Dorinha tem um cão guia chamado Radar.



Luca, um garoto cadeirante, amante dos esportes, principalmente de basquete, que foi apelidado carinhosamente pelos novos amiguinhos de “Da Roda” e “Paralaminha”, por ser muito fã do cantor Herbert Vianna e da banda Paralamas do Sucesso. Segundo Maurício de Sousa, Luca será responsável por mostrar às outras crianças as possibilidades de uma infância feliz, interativa, independentemente de qualquer deficiência física. “É a inclusão social sendo exercitada também no mundo ficcional dos quadrinhos”, disse o desenhista, que já adianta: “Por ser bonitinho, o Da Roda ganha, de vez em quando, alguns olhares meigos das meninas da Turma”, brinca.



Tati, personagem da Turma da Mônica, inspirada em Tathiana Piancastelli. Ela é de Campinas e foi homenageada por Maurício de Sousa porque Tati (a verdadeira e a dos quadrinhos) tem Síndrome de Down, uma alteração que ocorre nas células de uma pessoa quando ela ainda está se formando na barriga da mãe (no Brasil, isso ocorre uma vez a cada 600 nascimentos). As pessoas que têm Down têm algumas características em comum - como explica a própria revista da turma estrelada por Tati, elas têm o rosto fofinho e olhos puxados, às vezes falam enrolado e possuem um ritmo de aprendizado um pouco mais lento que as demais crianças. Mauricio criou a personagem com o intuito de mostrar às pessoas que, quem nasce com a Síndrome de Down pode até aprender mais devagar, mas assim como qualquer um, merece respeito e carinho.



André é o mais novo personagem com deficiência da Turma da Mônica. Ele é autista. Foi criado em homenagem a um sobrinho neto de Maurício de Sousa. Autismo é um transtorno do desenvolvimento psiconeurológico, que afeta a capacidade da pessoa de se comunicar, de compreender e de falar, comprometendo o convívio social. Manifesta-se na infância, por volta dos três anos de idade e é mais comum em meninos do que em meninas.